Existem diversos sistemas de ensino a distância, sendo a grande maioria feitos por estrangeiros. A supremacia do idioma inglês é inconteste, mas já se vê grupos poderosos desenvolvendo no Brasil e posso até me dar ao luxo de dizer um exemplo: o sistema Redu (já comentei em algum post sobre eles).
Querendo fazer um paralelo entre os sistemas de EAD, podemos classificar todos eles de maneira bem grosseira em “proprietários” e “gratuitos”. O mais famoso de todos é o Moodle, tido como “gratuito”. O Moodle tem suas vantagens: um usuário comum consegue montar um curso com certa facilidade; possui um sistema de blocos que permite comandos de HTML, possibilitando certa liberdade. Este sistema possui também um padrão chamado “SCORM” que nada mais é do que um conjunto de procedimentos a serem realizados pelos desenvolvedores com o objetivo de padronizar o trabalho. A padronização foi bem-vinda pelo mercado.
O meu primeiro contato com o Moodle foi entre 2009 e 2010, embora eu já tivesse desenvolvido o meu primeiro sistema de EAD em 2008. Para falar a verdade eu só fui contratado naquele ano porque o Moodle falhou. Ele era, segundo os contratantes, “engessado”, duro demais para alterações profundas. Segundo o que entendi, alunos de cursos diferentes começaram a se enxergar, porque foi adicionado um nível de complexidade extra ao projeto. Foi neste momento que eu apareci em EAD, logo só tenho a agradecer ao Moodle.
Sistemas proprietários são feitos de acordo com a necessidade do cliente, obedecendo a pequeno grupo de regras. Assim, há menos código e o desenvolvimento é ágil, se comparamos com sistemas “gratuitos” e plurais. Quando o grupo idealizador do sistema decide mudá-lo, tudo é mais fácil porque o software é mais leve. Por exemplo: ainda este ano desenvolvi um corpo-base para um sistema de EAD a ser usado por pequenas e médias empresas. Para minha surpresa, uma das empresas que presto serviço (IBENAC) solicitou uma integração com mídias sociais (como o Facebook) e uma mudança no servidor de vídeos. Em um sistema proprietário, personalizações radicais são possíveis porque são projetados com foco no seu negócio antes mesmo de se programar a primeira linha! Desde que sejam bem documentados, sistemas proprietários conseguem se adaptar as inúmeras variações do mercado. Prender-se a um sistema projetado para ser plural, sem o conhecimento prévio da sua realidade é atrelar o seu futuro à incerteza.
Contudo, eu concordo numa coisa:
Eu sou suspeito.